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Saiba como a Empatia pode diminuir o Estresse e o Burnout no Trabalho

 


Por Sandra Tornieri*



Pequenas atitudes podem gerar grande empatia.


A síndrome de burnout, ou o esgotamento físico e emocional, voltou a ser notícia em muitos periódicos. Tanto os trabalhadores, quanto os desempregados estão vivendo momentos críticos diante da permanência da pandemia e das mudanças bruscas que ocorreram em suas vidas.

Agora é a hora de colocar em prática a competência de saber empatizar. O autor Rosenberg, do livro Comunicação não-violenta, criador da famosa técnica de comunicação CNV, explica como receber o outro com empatia. Segundo ele “a empatia é a compreensão respeitosa do que os outros estão vivendo”. Dizer ao outro que você está tendo as mesmas dificuldades ou até piores, não cria empatia.

Antes de começar a dar conselhos ou querer solucionar o problema do outro é preciso dar chance do outro falar ou se expressar. Você só cria empatia de verdade quando escuta o outro com todos seus sentidos. A chamada escuta ativa ocorre quando observamos e prestamos a atenção nas palavras, expressões e gestos do outro. Nesse momento conseguimos fazer a conexão e entrar em sintonia fina com a realidade que o outro está vivendo. A percepção de que fomos compreendidos gera a sensação de alívio e esperança.

Para quem está experimentando pela primeira vez o trabalho à distância ou o home office é necessário ter uma atenção a mais. E para quem está experimentando liderar à distância, ainda mais. O distanciamento dificulta, até certo ponto, a criação da empatia, mas não a inviabiliza.

Uma simples atitude antes de iniciar a reunião on-line pode gerar empatia: antes das cobranças de resultados, números e metas, comece perguntando como estão todos. Demonstre interesse genuíno por seus colaboradores. Isso dará chance das pessoas se expressarem de modo verdadeiro. Crie um bate-papo descontraído. Troque receitas dos pratos que aprendeu a fazer, do site de treino que descobriu, do filme que assistiu e dê a chance para os outros comentarem também.

Esse clima de descontração diminuirá a pressão e criará uma relação de coleguismo, amizade, e uma conexão mais empática entre os colaboradores. O maior desafio é saber a hora de parar a conversa e direcionar para os assuntos da empresa. Mas isso eu deixo com você! Tenha boas experiências.

 

Referência Bibliográfica

ROSENBERG, Marchall B. Comunicação Não-Violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. Tradução Mário Vilela, São Paulo: Ágora, 2006, páginas 133-177.


Se você gostou desse post envie sua mensagem e se você colocou na prática me conte seus resultados.


Sandra Tornieri é fundadora da Conectar - Carreira & Negócios, consultora de carreira e de negócios, Mestre em Administração Estratégica (UFPR).

https://www.conectarcarreira.com.br/


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